Matéria publicada na "Revista Nova Escola"
Aulas que estão no gibi
Ao criar histórias em quadrinhos, turma de alfabetização aprende a transmitir suas ideias utilizando o desenho e a palavra
Denise Pellegrini
Houve tempo em que levar revista em
quadrinhos para a classe valia repreensão e castigo e o aluno ainda se
arriscava a perder o gibi. Pois a professora Cynthia Nagy, do Colégio
Mopyatã, na capital paulista, fez exatamente o contrário: usou o
material preferido de seus alunos da pré-escola para animar suas aulas
de Português e Educação Artística. "Enquanto eram alfabetizadas, as
crianças aprenderam as características desse tipo de linguagem e, no
final do ano, estavam desenhando e escrevendo histórias", relata
Cynthia. "As revistas têm a particularidade de unir duas formas de
expressão cultural: a literatura e as artes plásticas", analisa a
professora.
Waldomiro Vergueiro,
coordenador do Núcleo de Pesquisas em História em Quadrinhos da Escola
de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), endossa as
palavras de Cynthia. "Cada vez mais os produtos culturais se
entrelaçam", afirma. No caso dos quadrinhos, o resultado é um veículo
extremamente atraente para as crianças. "Por isso, considero bastante
oportuna sua utilização em sala de aula", completa Waldomiro.
Além disso, a experiência se
enquadra tanto nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil quanto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Ambos falam
da importância do trabalho com diferentes tipos de texto, entre eles os
quadrinhos. De acordo com a consultora de Português Maria José Nóbrega,
uma das elaboradoras dos PCN de 5ª a 8ª séries, entre as vantagens de
utilizar esse recurso na alfabetização está a possibilidade de a turma
ler textos só em letras maiúsculas. "Isso permite exercitar a autonomia
da leitura recém-conquistada", justifica.
Investigando os balões
A experiência de Cynthia começou
com o material de que ela dispunha em sala. Colocados num canto, os
gibis estavam sempre ao alcance de seus 22 alunos. Quem não sabia ler
escutava as histórias contadas por ela e pelos sete colegas já
alfabetizados. As primeiras historinhas começaram a ser feitas depois de
a classe conversar sobre as revistas preferidas.
No princípio, os pequenos
copiavam os desenhos das revistas com papel vegetal e mudavam apenas o
texto. "Expliquei que essa foi a técnica utilizada pelos primeiros
desenhistas no Brasil", conta Cynthia. Para Maria José, informações
históricas como essa são importantes para que a criança conheça bem o
gênero de linguagem com que está trabalhando. "Também é interessante
mostrar à classe personagens desconhecidos", recomenda. Esse exercício
fez parte da rotina das aulas de Cynthia. "Eu e as crianças procurávamos
tiras nos jornais e colávamos as melhores num cartaz."
A pesquisa foi uma constante no
projeto. Um dos primeiros itens investigados pelos alunos foram os
balões. As crianças recortaram das revistas vários tipos, como os de
fala, pensamento, sonho, amor, grito, cochicho e uníssono. Em seguida,
estudaram o que eles continham. Viram que, além de palavras comuns,
traziam onomatopéias ou mesmo um simples desenho. "Tudo o que as
crianças descobriam era socializado com os colegas nas discussões em
roda", diz Cynthia.
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/aulas-estao-gibi-423458.shtml

Oi Juliana ,
ResponderExcluirAdorei seu blog, parabéns! Muito bom.
Luciana
Juliana está um show seu blog. Adorei!
ResponderExcluirParabéns!
Grande abraço, Ana Cristina.
Juliana,
ResponderExcluirAmo, amo, amo histórias em quadrinhos e tirinhas, são realmente muito legais e as crianças adoram.
Esta historinha do Cebolinha e Cascão que você postou é show!
Parabéns pelo blog!
Beijos,
Lília
Parabéns pelo se blog, está muito bonito e principalmente muito interessante, pois trabalhar com histórias em quadrinhos é muito bom, desperta o interesse dos alunos.
ResponderExcluirJuliana,
ResponderExcluirO tema do seu blog foi muito bem escolhido.As histórias em quadrinhos são ótimo recurso pedagógico para incentivar o hábito da leitura,porque são deliciosas de ler...Quantas crianças que conheci que liam gibis e hoje são leitores vorazes.
Abraços,
Fátima
Juliana, amei seu blog! Quanta originalidade e criatividade! Muitos parabéns pra você!
ResponderExcluirAbraços.
Juliana, está muito interessante seu blog e realmente histórias em quadrinhos, tirinhas é tudo de bom bom para o letramento das crianças e também muito divertido e gostoso de ler e criar.
ResponderExcluirAbs
Juliana, trabalhar HQ em sala de aula é viável desde a educação infantil, até....Quem de nós não gosta de uma boa história? Ainda mais se pudermos ser os autores dela. E a máquina de quadrinhos é uma excelente atividade que envolve utilizar a tecnologia a favor do aprendizado. Recentemente fiz um curso de AEE para surdos e aprendi a utilizar a máquina de quadrinhos. Fiz uma pequena história e gostaria de compartilhar.
ResponderExcluirPara ver minha HQ on-line basta acessar o link:
http://www.maquinadequadrinhos.com.br/HistoriaVisualizar.aspx?idHistoria=1768101#
Um forte abraço,
Luciene Azevedo
Juliana, meus alunos adoram HQ. Seu blog ficou muito interessante.
ResponderExcluirParabéns e sucesso.
Abs,
Zélia
Adoro histórias em quadrinhos, seu blog está demais, estou adorando suas atividades.
ResponderExcluirParabéns
Luciana
Olá Juliana;
ResponderExcluirMuito legal, ótima escolha do tema... adoro histórias em quadrinhos, desde os que trazem humor, como a Turma da Mônica até as crônicas da Mafalda e tantas outras tirinhas.
Quadrinho é uma arte, é ser objetivo e simples, é dizer tudo com poucas palavras, nada cansativo de ser lido, ao contrário, muito divertido.
Abraços
Olá Juliana, seu blog está muito bonito e tenho certeza que todas as ideias serão muito bem aproveitadas todas. Parabéns
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