Influências da história em quadrinhos na educação
A
literatura infantil no mundo ocidental surgiu na França, em 1697, com os
“Contos da Mãe Gansa”, criados por Perrault, são suas as histórias: A
Bela Adormecida no Bosque, Chapeuzinho Vermelho, O Barba Azul, O Gato de
Botas, As Fadas, A Gata Borralheira, Henrique do Topete e o Pequeno
Polegar.
A principal função dessas histórias era de trabalhar
valores, defender os direitos intelectuais e sentimentais das mulheres,
além de divertir as crianças.
As histórias não eram feitas somente para as
crianças, pois antes do século XVII elas não eram percebidas como um ser
singular, mas um adulto em miniatura. Ao final do século XVII passaram a
ser percebidas como uma pessoa que tem ingenuidade, graciosa, além de
serem consideradas objeto de distração para adultos.
Em meados do século XVIII esse conceito passou a ser
criticado em todas as camadas da sociedade, levando assim a aparecer os
primeiros escritores de temas infantis, surgindo uma literatura voltada
para as crianças como manifestação desse novo sentimento.
Desde a pré-história, os desenhos eram usados como
forma de contar fatos, chamados pinturas rupestres, considerados
precursoras das histórias em quadrinhos. Porém, as histórias em
quadrinhos só surgiram na metade do século XIX, através do italiano
Ângelo Agostini, radicado no Brasil, com “as aventuras de Nhô Quim”,
publicada em 30 de janeiro de 1869. Logo passaram a ter publicação em
jornais, sendo proliferadas e alcançando maior número de leitores. Nas
primeiras décadas os quadrinhos eram essencialmente humorísticos, e essa
é a explicação para o nome que elas carregam ainda hoje, comics
(cômicos).
Em 1905, apareceu a revista “Tico-Tico”, feita para crianças, trazendo a publicação das “Aventuras do Gato Felix”.
O Brasil teve excelentes quadrinhistas, mas o público
preferia os quadrinhos importados, de super-heróis americanos, como
Batman, Capitão América, Fantasma, Mandraque, o que impediu que os
nossos quadrinhos perdurassem no mercado.
Maurício de Souza
e personagens da Turma da Mônica
Somente em 1959 a história em quadrinho se fixou no
Brasil, com os personagens Bidu e Franjinha, criações de Maurício de
Souza. Em 1960 o artista criou o Cebolinha, três anos depois sua turma
começou a crescer, apareceu o Cascão, o Horácio, o Chico Bento, o
Astronauta e o fantasminha Penadinho. O seu principal personagem, a
Mônica, foi criado em 1965, uma menina poderosa, que se relaciona bem
com os amigos, com certa agressividade e pouca paciência. Por levar uma
vida pouco doméstica e submissa, rejeita o papel tradicional designado
para as mulheres, chegando a criar discussões se poderia classificar a
obra como um quadrinho feminista. Esses são alguns dos mais de cem
personagens da galeria do autor.
A história em quadrinhos, por ser um meio de
comunicação em massa, provoca um grande fascínio nas crianças, em razão
da aparência dos personagens, do poder da Mônica, pelos personagens
terem tornado-se garotos propaganda e pelas crianças poderem entendê-las
somente através da observação dos desenhos.
Assim, vemos uma nova função da história em
quadrinhos, afetando a educação do público infantil, em face da
transmissão de ideologias, por trabalhar conceitos de vida e morte,
alegria e tristeza, medo, insegurança, luta, agressividade, timidez,
dentre outros tão importantes para quem se encontra em formação,
ampliando assim os conhecimentos sobre o mundo, que a vida social exige.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Fonte: http://educador.brasilescola.com/sugestoes-pais-professores/influencias-historia-quadrinhos-na-educacao.htm
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